Quanto custa um funcionário para a empresa por mês? Entenda tudo sobre!
É muito comum seguir a intuição na hora de pensar quanto custa um funcionário para a empresa e achar que o valor se resume apenas ao salário bruto.
Afinal, essa é a quantia que aparece no contrato de trabalho e é a base da remuneração do empregado, não é mesmo?
No entanto, o custo real para a empresa é muito maior, pois inclui diversos encargos trabalhistas, benefícios e outros custos operacionais.
Quer entender melhor como é feito esse cálculo para fazer uma gestão financeira eficiente? Continue a leitura!
Quanto custa um funcionário para a empresa por mês?
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, feita junto à Confederação Nacional das Indústrias, indicou que o custo de um funcionário para uma empresa pode alcançar até 183% do salário bruto.
Ou seja, vamos supor que o salário bruto de um funcionário seja R$ 3.000,00. Com base na pesquisa, o custo total para a empresa seria:
- Salário Bruto: R$ 3.000,00
- Custo Total: R$ 3.000,00 x 1,83 = R$ 5.490,00
É importante salientar que não existe uma única resposta para quanto custa um funcionário para a empresa, uma vez que esse valor pode variar com base nos benefícios oferecidos e das políticas internas.
Falaremos melhor sobre o que compõe o custo de um colaborador no tópico a seguir!
Quais são os principais custos envolvidos no salário de um funcionário?
Se você quer saber ao certo quanto custa um funcionário para a empresa, saiba que é preciso considerar fatores que vão além do salário base, que são:
1. FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é o valor que a empresa deposita mensalmente em uma determinada conta para o funcionário e pode ser sacado em alguns contextos, como compra da casa própria ou demissão sem justa causa.
Esse valor é de 8% sobre o salário bruto e representa uma forma importante de proteção ao trabalhador.
2. INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
O INSS pode variar com base na faixa salarial do funcionário, entre 8% e 11%.
Esse valor diz respeito à seguridade social e serve para assegurar benefícios como auxílio-doença e aposentadoria.
3. Férias remuneradas
No cálculo de quanto custa um funcionário para empresa, é importante lembrar que ele tem direito a 30 dias de férias a cada 12 meses trabalhados.
Além disso, é preciso adicionar ⅓ do valor do salário neste período.
Esse custo é provisionado mensalmente pela empresa.
Leia também: Adiantamento de férias: benefícios, cálculo e mais!
4. 13º salário
Esse fator representa o pagamento equivalente a um salário adicional, que é dividido em duas parcelas ao longo do ano.
Ele é visto como uma gratificação e deve ser pago até o dia 20 de dezembro.
5. Benefícios trabalhistas
Dentro do cálculo de custo do funcionário, também entram os benefícios trabalhistas oferecidos pela empresa, que podem ser:
- vale-alimentação e refeição;
- plano de saúde;
- seguro de vida;
- auxílio creche;
- gympass;
- vale cultura;
- outros.
6. E claro, o salário bruto
Por fim, é preciso considerar o valor base acordado no contrato de trabalho, antes de serem feitas as deduções de impostos e contribuições.
Quais são os gastos extras na contratação de um funcionário?
Para ter uma dimensão dos gastos extras, você deve pensar em todo o processo de contratação, que envolve:
- anúncio da vaga;
- testes e avaliações de possíveis candidatos;
- exames admissional;
- exames periódicos;
- treinamento;
- programas de integração;
- seminários;
- notebook e acessórios;
- equipamentos;
- benefícios adicionais;
- despesa com luz, água e internet;
- processamento da folha de pagamento;
- contabilidade e consultoria jurídica.
Certamente, esses gastos variam bastante.
Por exemplo, há empresas que preferem investir em treinamentos especializados para integrar novos funcionários à cultura organizacional, enquanto outras priorizam a compra de equipamentos modernos para o desempenho das funções.
Além disso, os próprios benefícios adicionais, como plano de saúde, podem ter variações de valores.
No entanto, vale a pena ter uma noção geral desses gastos para conseguir fazer uma boa gestão deles.
Como calcular o custo de um funcionário CLT?
Para calcular o custo de um funcionário CLT nos regimes tributários do Simples Nacional e Lucro Presumido, considere os seguintes passos e componentes:
No Simples Nacional
Em primeiro lugar, você precisa considerar o salário bruto que foi acordado entre a empresa e o funcionário.
Além disso, os encargos sociais incluem a contribuição ao INSS, que varia de 8% a 11% do salário bruto, dependendo da faixa salarial do empregado.
O FGTS é de 8% do salário bruto. A empresa deve considerar a alíquota do Simples Nacional, que varia conforme o faturamento e inclui vários impostos.
Também são importantes os benefícios como vale transporte, refeição e plano de saúde, cujos custos dependem da política interna.
Por fim, é necessário provisionar mensalmente 1/12 do salário para o 13º de férias.
No Lucro Presumido
Neste contexto, o cálculo começa com o salário bruto do funcionário.
Os encargos são parecidos com o Simples Nacional. mas as empresas no Lucro Presumido também devem considerar impostos e contribuições adicionais, como:
- PIS/PASEP: 1,65% sobre a folha de pagamento;
- COFINS: que varia de 1% a 4,65% da folha de pagamento;
- CSLL: de 1% a 2,88% sobre a folha de pagamento.
Por último, o Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser calculado com base na tabela do IR.
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Conclusão
Resumindo, na hora de parar para analisar quanto custa um funcionário para a empresa, é preciso considerar os fatores que vão além do salário bruto.
Esses fatores incluem encargos sociais como FGTS e INSS, impostos específicos do regime tributário (Simples Nacional ou Lucro Presumido), benefícios adicionais como vale transporte e plano de saúde, e provisões para o 13º salário e férias remuneradas.
Se você deseja ter um cálculo preciso e uma gestão financeira eficiente na sua empresa, lembre-se de avaliar com atenção todos esses componentes.
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